sexta-feira, 29 de abril de 2016

Cinomose

A cinomose se trata de uma doença que acomete cães mais jovens em seu primeiro ano de vida, pode também infectar animais mais velhos que por alguma razão não tenham sido imunizados anteriormente com vacinas próprias, ou que por alguma doença seu sistema imunológico se encontra debilitado.
cinomose pode atingir vários órgãos, é sistêmica, podendo atuar em todo o organismo, é altamente contagiosa. É uma doença causada por um vírus que sobrevive por muito tempo em ambiente seco e frio. Porém é um vírus muito sensível ao calor, luz solar e desinfetantes comuns, dura em média três meses no ambiente após a retirada do portador.
A cinomose se dá através de animais que se contaminam por contato direto com outros animais já infectados, ou pelas vias respiratórias, pelo ar contaminado ou por fômites, que são objetos que já tiveram contato com o portador da cinomose.

A transmissão direta é por secreção do nariz e boca de animais infectados que é a principal fonte de infecção.
Quais são os sintomas da cinomose?
Pode haver perda de apetite, corrimento ocular e nasal, diarréia, vômito e sintomas nervosos (tiques nervosos, convulsões e paralisias), dificuldade de respirar e febre. E de acordo com o estado imunológico do animal como um todo, ele pode vir a óbito.
Basicamente, a doença se apresenta em fases, podendo pular uma delas eventualmente. Inicia-se pela fase respiratória (pneumonia e secreção nasal purulenta, o conhecido pus), e ocular (secreção ocular purulenta, ou remela, em grande quantidade).
Qual o tratamento?
Não existe. O que se pode fazer é usar medicamentos para o controle dos sintomas. É importante que o animal seja mantido em um ambiente limpo, com temperatura agradável e alimentação correta de acordo com as indicações do veterinário.
Como prevenir a cinomose?
A melhor forma de prevenir é a vacinação, que pode ser feita em uma clínica veterinária. Os cães podem ser vacinados com seis meses de idade, filhotes devem receber três doses desta vacina na primeira fase da vida. Posteriormente os cães devem receber uma dose da vacina anualmente. Saiba mais sobre a vacinação de cães.

A cinomose no Brasil
Com uma população canina de mais de 37 milhões, o Brasil conta com, apenas, cerca de 7 milhões de cães vacinados anualmente; o que significa que a maior parte dos cachorros do País permanecem suscetíveis à contaminação da doença.
Embora, periodicamente, haja campanhas especiais para conscientizar a população que tem bichinhos de estimação como parte da família – oferecendo, inclusive, a vacina para os cães de maneira gratuita - o número de vacinações no País ainda deixa muito a desejar; levando em conta que, além da cinomose, há uma série de outras doenças contagiosas e bastante prejudiciais para os animais, que seguem sem proteção.
Com isso, a cinomose segue se espalhando pelo País, sendo que, em algumas cidades específicas – como em Alfenas, em Minas Gerais – o aumento do número de casos da doença tem sido considerável. No mês de junho de 2013, inclusive, o município chegou a ser considerado um local em surto de cinomose, tamanha a quantidade de cães infectados pela doença sendo atendidos pelos médicos veterinários da região.
Mesmo que esse tipo de ocorrência de surto seja, de certa forma, isolado e um tanto quanto pontual no País, a situação é preocupante – tendo em mente que há quase 30 milhões de cachorros não vacinados espalhados pelo Brasil – e, sem que a população se conscientize, esse problema tende a crescer cada vez mais. 

A contaminação de cães pela cinomose
Conforme citado anteriormente, a cinomose é uma doença transmitida por um vírus altamente contagioso de tipo RNA – ou seja, que conta com material genético denominado RNA, que pertence a família paramixovirirdae gênero morbilivírus. Poderoso, este vírus pode sobreviver em um ambiente por algum tempo se as condições climáticas forem ideais para isso e o local for frio e seco – sendo que, mesmo em ambientes quentes e úmidos (pouco propícios para a sua sobrevivência), ele pode chegar a viver por cerca de um mês.
Também chamado de vírus CDV – Canine Distemper Virus, o responsável pela cinomose é bastante agressivo e oportunista, e atinge, principalmente, cães que por alguma razão tenham seu sistema imunológico enfraquecido; como filhotes, cachorros idosos ou que já estejam enfraquecidos em função de alguma outra doença ou problema como o estresse.
Embora possa afetar animais de qualquer idade, no caso dos filhotes a prevalência da doença pode ser maior – principalmente nos que tem idade entre 3 e 6 meses de vida; já que esse período coincide com a perda dos anticorpos maternos presentes no corpo do animal. Entre os profissionais veterinários há, ainda, a crença de que cachorros de raças braquicéfalas (de focinho curto) apresentem uma resistência maior ao problema; no entanto, não há comprovações para essa suspeita.
Podendo, ainda, afetar todo tipo de raça de cão, há algumas tidas como mais suscetíveis à cinomose, incluindo nomes como Husky, Greyhound, Weimaraner, Samoieda e os Malamutes do Alaska.
Destacando uma taxa de mortalidade de até 85% dos cachorros acometidos (nem todos morrem por causa da doença, mas ficam com sintomas neurológicos que acabam levando o animal à eutanásia), a doença terá sua gravidade relacionada, principalmente, à região do corpo do animal que será atacada; com sintomas que se iniciam em sistema respiratório e nos olhos, evoluindo para sistema gastrointestinal e finalmente a pior parte, quando acomete o sistema nervoso.
Não havendo raças, épocas do ano ou gêneros específicos mais propensos para a contaminação, o vírus da cinomose costuma atingir os animais de maneira bastante intensa e, como a evolução da doença é rápida, em alguns casos pode ser fatal para os cães acometidos. Embora haja países em que a doença já é praticamente erradicada, o Brasil não se encaixa nesse perfil – já que apenas uma pequena parcela dos pets caninos do País são vacinados; o que aumenta muito as chances de contaminação.
Felizmente, a cinomose não é considerada uma zoonose e, portanto, não tem a capacidade de atingir seres humanos, que podem interagir com animais doentes sem maiores preocupações. No entanto, a situação muda de figura quando esta interação é entre animais; já que um cão doente pode transmitir a doença para um animal sadio de maneira quase imediata, por meio do contato direto entre eles.
As secreções liberadas pelo animal doente – seja pelas narinas ou pela boca –, além das fezes do cachorro contaminado, são agentes potentes para a transmissão da doença. Até mesmo fômites pode ser responsáveis pela propagação do problema, e alguém que entrou em contato com um cão doente pode levar a doença consigo (em suas roupas ou sapatos, por exemplo) até encontrar outros animais e facilitar a contaminação destes.

A evolução da cinomose nos cachorros

A cinomose é uma doença de evolução bastante rápida nos cães e, cerca de 7 dias após a contaminação, os primeiros sintomas já podem começar a ser notados nos cachorros acometidos. Em muitos casos, a doença se manifesta nos animais de maneira tão agressiva, que as chances de melhora ou cura são praticamente descartadas – já que, quando o diagnóstico é feito, as alterações neurológicas já estão tão avançadas que o tratamento se torna inútil.
No entanto, o nível de agressividade da cinomose em um cão vai depender tanto das regiões afetadas pela doença como do estado em que se encontra o sistema imunológico do cachorro em questão. Animais com a imunidade em níveis adequados, por exemplo, podem chegar a eliminar o vírus sem promover a sua disseminação ou ter sintomas severos da doença – sendo os cães com baixa imunidade os mais prejudicados pelo problema (e os que correm mais riscos de morrer em função da doença).
As áreas ligadas às funções respiratória e digestiva são, na maioria das vezes, as primeiras afetadas pela doença – que, em estágios avançados, chega a alterar o sistema nervoso do animal e provocar quadros irreversíveis, além de sequelas importantes nos casos (raros) em que o animal consegue ser tratado e se recuperar.
Um dos grandes problemas da doença – e que influi muito na piora do quadro do animal infectado – é a variedade de sintomas que ela provoca, dificultando um diagnóstico preciso. Boa parte dos animais que acabam chegando ao óbito, mesmo sendo tratados a partir do surgimento dos primeiros sinais da doença, sofrem por receberem o tratamento errado; que, na maioria das vezes, se concentra em eliminar os sintomas de maneira isolada (já que a origem do problema, até então, é desconhecida).
Ao cuidar de sinais pontuais e sem saber da presença da cinomose, é possível promover uma melhora significativa no animal; no entanto, essa aparente recuperação dura pouco tempo, e os sintomas e consequências da doença ressurgem no animal de maneira ainda mais agressiva.
Independentemente do tipo de tratamento, infelizmente, a cinomose é uma doença que gera uma sobrevida relativamente curta nos animais que conseguem se recuperar e; conforme descrito anteriormente, os cães infectados precisam de medicamentos específicos para ter o máximo de qualidade de vida possível enquanto o mal se espalha.

Como identificar a cinomose no seu pet
Conforme descrito acima, ter o diagnóstico correto é fundamental para que um cão tenha chances de se recuperar da cinomose e poder viver além da doença. Portanto, é essencial que os donos de pets estejam sempre atentos aos principais sinais que ocorrem com o surgimento do problema. Confira, a seguir, uma lista de sintomas comuns aos cachorros infectados pela doença – expostos de maneira crescente, de acordo com a evolução da doença no corpo do animal:

  • Tosse
  • Espirros
  • Febre
  • Perda de apetite
  • Apatia (o cão não tem vontade de fazer nada)
  • Vômitos
  • Diarreia
  • Secreções nasais
  • Secreções oculares (conjuntivite)
  • Falta de coordenação motora (o cão parece estar “bêbado”, “descadeira”)
  • Tiques nervosos
  • Mioclonias (contrações musculares involuntárias)
  • Convulsões
  • Paralisia

Vale a pena lembrar que, tanto a evolução de sintomas neurológicos como o surgimento de qualquer tipo de sinal da cinomose varia muito de um caso para o outro e, portanto, não há como prever que tipo de consequências o problema pode causar e nem se a doença irá desencadear sinais perceptíveis até chegar a um nível bastante avançado.
Um dos sinais neurológicos mais característicos da cinomose é a mioclonia – que promove a contração involuntária dos músculos do animal – considerada um sintoma específico da doença e que também pode ocorrer em função de outros problemas causados pelo paramixovírus.
Quando a cinomose chega a afetar o sistema neurológico dos cachorros o quadro já pode ser considerado bem grave, e consequências como meningite, paraplegia e tetraplegia podem ocorrer, assim como um quadro de coma (que, na maioria dos casos, evolui para a morte do animal em pouco tempo). Além destes, sintomas mais variados também podem ocorrer em casos específicos, incluindo abortos e partos prematuros em cadelas, lesões ósseas, alterações no esmalte dentário do cão e infecções diversas.

Conclusão
Devido à agressividade da doença e a facilidade de prevenção não fica nenhuma dúvida em relação ao que deve ser feito: sempre mantenha a vacinação do seu animal em dia e faça visitas frequentes ao médico veterinário.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

MOTIVOS PARA ADOTAR UM VIRA-LATA

1. Uma caixinha de surpresas
Quando você tem um cachorro de raça pura, já consegue saber muita coisa sobre o seu temperamento e características. Mas quando você adota um vira-lata, é como se você tivesse um filho. Você ainda não sabe nada sobre ele, vai conhecendo ele aos poucos e isso torna a ligação de vocês ainda mais especial.
 
2. Você está salvando uma vida
Os cães que vivem em abrigos ficam em canis de 4m2. Não brincam, não recebem carinho e nem companhia constante de humanos. Não tem uma família pra chamar de sua. Esses cães muitas vezes são eutanasiados quando estão mais velhos, pra liberar espaço pra outros cães mais jovens no abrigo. Tenha certeza que se você resgatar um animal, ele nunca irá esquecer.
 
3. Custo inicial baixo
Você não vai ter o custo de comprar um cão de raça pura, que é bem alto. Além disso, os vira-latas pra adoção já estão castrados e você economiza de R$400 a R$900 se fosse castrar um cão comprado.
 
4. São mais resistentes
Algumas raças puras tem predisposição a desenvolver certas doenças, dependendo da raça. O cachorro vira-lata vem por anos e anos sendo selecionado naturalmente, pois eles precisam ser fortes e resistentes pra sobreviver nas ruas sem a ajuda do homem. Os mais fracos não resistem e morrem, ficando assim os mais fortes.
 
5. Você pode pular a fase de filhote
Ter um filhote em casa pode ser uma grande dor de cabeça. Muitas pessoas não tem tempo de treinar e educar um filhotinho, que demanda muita atenção pelo menos nos 6 primeiros meses. Quando você adota um vira-lata, você pode escolher a idade do cachorro. E são os adultos que mais precisam, pois infelizmente eles são mais difíceis de serem adotados. Veja aqui as vantagens de adotar um cão adulto.
 
6. Pode ser que ele já esteja treinado
Muitos cachorros que estão pra adoção foram abandonados pelos seus antigos donos. Por isso, é muito comum que o cão já seja treinado, já saiba onde fazer xixi e algumas regras básicas como não mastigar sapatos. ;)
 
7. Ele podem realizar tarefas
Muitos vira-latas vem sendo usados hoje como cão-guia ou cão de terapia. Isso vai depender do temperamento do indivíduo, e não da sua raça.
 
8. Você vai melhorar a vida de um animal 
Imagina pegar um cachorro em um abrigo e dar pra ele ração da melhor qualidade, uma cama quentinha, água fresca toda hora e passeios diários? É uma satisfação enorme!
 
9. São flexíveis
Os vira-latas se adaptam a qualquer situação. Frio, calor, mudanças no ambiente, casa nova. Eles, infelizmente, foram acostumados e aprenderam a se adaptar, pois suas vidas mudaram muito.
 
10. São exclusivos
Não vai ter nenhum cachorro igual ao seu no mundo.
 


domingo, 3 de janeiro de 2016

De quanto em quanto tempo o cachorro deve ser vermifugado

Muitos se perguntam de quanto em quanto tempo o cachorro deve ser vermifugado. A vermifugação é recomendada pela Associação Americana de Veterinários Parasitologistas (AAVP), pelos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), e pelo Conselho de Combate aos Parasitas em Animais (CAPC). Todos órgãos americanos. Se você quer saber se seu cão está com verme, leia esse artigo http://mordomiapet.blogspot.com.br/2016/01/vermes-em-cachorro.html

Frequência da vermifugação

 
Filhotes de cães*
Inicie o tratamento na segunda semana após o nascimento; repita na quarta, sexta e oitava semanas de idade e em seguida, determine um tratamento preventivo mensal contra dirofilariose, que também controla os parasitas intestinais. Uma combinação de produtos para o tratamento de combate/preventivo da dirofilariose e parasitas intestinais dado ao longo do ano diminui o risco de parasitas. Se não utilizar este tipo de produtos, vermifugue na segunda, quarta, sexta e oitava semanas de idade e, em seguida, com doses mensais até o sexto mês de idade.
 
Mães de resguardo pós-parto
Trate cães e gatos assim como os filhotes.
 
verme - de quanto em quanto tempo tem que vermifugarCães adultos
Se optar pelo tratamento anual de prevenção/combate aos parasitas, peça um exame de fezes de 1 a 2 vezes por ano e trate apropriadamente se necessário. Se não, certifique-se de ter o exame realizado de 2 a 4 vezes ao ano e trate se necessário. Monitore e elimine também os parasitas no ambiente que o animal vive. Segundo veterinários, os animais que vão muito à praia precisam ser vermifugados todo mês, por causa da dirofilariose, o parasita do coração.
 
Animais recém adquiridos
Vermifugue assim que ganhar/comprar o animal; duas semanas após e daí siga as recomendações acima.
 
 
Qual é o melhor remédio de verme?
Depende o que se deseja combater. Para a Pandora eu dou normalmente Drontal, mas é melhor perguntar ao veterinário quando for fazer a primeira consulta com seu cão.
 
 
* A sugestão é que o dono de cães filhotes, recém comprados/ganhos deve obter o histórico de vermifugação deles e contatar seu veterinário para determinar se é necessário vermifugação adicional.
 


Vermes em cachorro

Muitas vezes um animal tem vermes, embora você não veja nenhuma evidência disso. Lombrigas (ascarídeos) tem vários centímetros de comprimento, se parecem com espaguete e podem ser vistos ocasionalmente nas fezes ou vômito de um animal infectado. No entanto, geralmente não são vistos.
 
Ancilóstomos e tricurídeos são muito pequenos e é praticamente impossível de serem vistos nas fezes ou vômito.
 
Segmentos de tênias podem ser vistos; eles podem ter a aparência de segmentos retangulares e vistos em torno da região anal do animal, ou como segmentos brancos em volta do ânus.
 
cachorro com vermeEntão, basicamente, com exceção das tênias, a melhor maneira de diagnosticar os vermes em um animal de estimação é através de um exame de fezes realizado com o seu veterinário. Em um exame de fezes, procura-se por ovos microscópicos dos vermes. Os ovos podem não estar sempre presente nas fezes, mesmo quando o animal está infectado. É por este motivo que a vermifugação regular deve ser realizada mesmo que não haja evidências da presença dos vermes. Os exames fecais devem ser realizados regularmente para detectar a presença de espécies de vermes parasitas que podem não ser eliminados por vermífugos comuns.
 
Lembrando: vermífugos não previnem o verme, eles apenas tratam o verme que já existe. Seu cão pode tomar o vermífugo hoje e daqui a dois dias pegar verme. 
 
Cada veterinário aconselha uma coisa em matéria de vermifugação. Alguns indicam a vermifugação mensal no filhote até os 6 meses e depois disso, de 3 em 3 meses. Outros dizem que basta ser de 3 em 3 meses ou de 6 em 6 meses. O melhor a fazer é perguntar para o seu veterinário de confiança.


Meu cachorro esta fazendo cocô com sangue, o que eu faço?

Se o seu cachorro está fazendo cocô com sangue, é sinal de que algo está errado. As fezes podem apresentar um muco vermelho vivo (sangue) ou ser uma diarreia de cor escura e mal cheirosa. Em qualquer um dos casos, seu cachorro precisa ser consultado por um veterinário. Apenas um profissional capacitado poderá diagnosticar a causa e tratar o seu cachorro.
 
Podem ser vários os motivos das fezes com sangue. Um deles é a Parvovirose, que é uma doença grave e que precisa ser tratada o quanto antes, além de que o animal precisa também ficar isolado. Se não for tratada, pode levar à morte do animal, principalmente filhotes.
 
cocô com sangue também pode indicar viroses que atacam a mucosa dos intestinos: Coronavírus, Rotavírus ou Giárdia. O animal precisará de medicamentos específicos para se recuperar.
 
Em um caso mais leve, o sangue nas fezes pode indicar verme, que será tratado com vermífugos, prescritos pelo veterinário.
 
Mas, as causas de sangue nas fezes podem ser várias, por exemplo o envenenamento (se tiver acompanhada de salivação excessiva) ou a ingestão de um objeto pontiagudo que perfurou o intestino (neste caso, provavelmente o cão também vai vomitar sangue).
 
 

Como evitar sangue nas fezes

 
Se a causa do sangue nas fezes for o ressecamento das fezes, o cão pode forçar muito para evacuar e assim machucar o reto, saindo sangue. Isso normalmente é mais comum em cães idosos. Aumentar a ingestão de água pode ajudar. Um fio de azeite extravirgem na ração também ajuda o cão a evacuar melhor.
 
Se você mudou a alimentação do cachorro recentemente, ele pode ter alguma alergia ou intolerância a algum ingrediente, o que também pode provocar o sangue nas fezes.
 
 

Causas de sangue nas fezes dos cachorros

 
sangue nas fezes- Parvovirose
– Coronavírus
– Rotavírus
– Giárdia
– Verme
– Envenenamento
– Corte no intestino
– Fezes ressecadas
– Alergia ou intolerância alimentar
– Infecção no reto
– Infecção nas glândulas perianais
– Úlcera gástrica

PARVOVIROSE CANINA

Parvo vírus canino ou parvovirose canina, é uma doença das doenças mais comuns em cachorros.
 
parvovirose é uma doença altamente contagiosa, caracterizada por diarreia com sangue. Vacinas atuais têm ajudado a controlar a propagação desta doença, mas apesar de terem sido vacinados, alguns cães ainda contraem e morrem. Há muito que não sabemos sobre o vírus ou qual a melhor maneira de controlar a doença, mas estamos aprendendo novas informações diariamente. Há muita desinformação sobre a doença, sua propagação e a vacinação é generalizada. Esperamos que com uma melhor compreensão da doença, os donos sejam capazes de tomar boas decisões para a saúde de seus cães que ajudarão a prevenir e reduzir a propagação.
 
 

O que é parvovirose canina?

 
parvoviroseA parvovirose é transmitida através do contato com fezes contendo o vírus parvovírus. O vírus é conhecido por sobreviver com objetos inanimados – como roupas, panelas de comida, e piso das gaiolas – para 5 meses e já em condições adequadas. Os insetos e roedores podem também servir como vetores que jogam um papel importante na transmissão da doença. Isto significa que qualquer material fecal ou vômito precisa ser removido com um detergente, antes da solução de lixívia ser usada. Água sanitária deve ser utilizada em roupas, pratos, pisos do canil e outros materiais impermeáveis que podem ser contaminadas.
 
O período normal de incubação (tempo de exposição ao vírus para o momento em que os sinais da doença aparecem) é de 7-14 dias. O vírus pode ser encontrado nas fezes vários dias antes dos sinais clínicos da doença aparecem e pode durar de uma a duas semanas após o início da doença.
 
 

Sintomas da parvovirose canina

 
parvovirose caninaVômito, letargia, anorexia, grande perda de peso, febre (em alguns casos) e diarreia com sangue são os principais sintomas. Muitos cães adultos expostos ao vírus mostram muito poucos sintomas, às vezes nenhum. A maioria dos casos da doença são observados em cães com menos de 6 meses de idade, com os casos mais graves que ocorrem em cachorros com menos de 12 semanas de idade. Algumas raças de cães são mais propensas a contrair o vírus, como RottweilersDobermann e Labrador Retriever.
 
A forma mais comum da doença é a forma intestinal conhecida como enterite. Parvo vírus enterite é caracterizada por vômitos (muitas vezes grave), diarreia, desidratação, fezes escuras ou com sangue, e em casos graves febre e contagem de glóbulos brancos do sangue que ficam reduzidos. Enterite aguda ou parvo vírus pode ser visto em cães de qualquer raça, sexo ou idade. A doença pode progredir rapidamente e morte pode ocorrer mais cedo, dois dias após o início da doença. A presença de bactérias negativas, parasitas ou outros vírus, pode piorar a gravidade da doença e deixar a recuperação lenta.
 
A maioria dos cães com parvovirose apresenta febre alta, chegando à temperatura de 41ºC, seguida de desidratação. Veja aqui como verificar se seu cão está com febre. Cuidado: às vezes a febre é sinal dehipertermia, e não de parvovirose. Veja aqui sobre os sintomas da hipertermia.
 
 

Diagnóstico da parvovirose canina

 
Nem todos os casos de diarreia sanguinolenta com ou sem vômitos são provocadas pelo parvo vírus e muitos filhotes doentes são diagnosticadas como tendo “parvo”. A única maneira de saber se um cão tem parvovirose é através de um teste de diagnóstico positivo. Os exames tradicionais de sangue para a titulação e um exame simples das fezes costumam ser suficientes para o diagnóstico da parvovirose. Teste de todos os casos suspeitos de parvo é a única maneira de diagnosticar corretamente e tratar esta doença. Um exame físico completo e exames laboratoriais adicionais, tais como um hemograma e bioquímica ajudam para determinar a gravidade da doença.
 
 

Tratamento da parvovirose canina

 
Atenção: se o cão tem parvovirose, isole-o de outros animais para evitar o contágio. Se possível, interne-o em uma clínica veterinária durante o tratamento.
 
Normalmente o cão com parvovirose fica muito desidratado e precisa ser internado. Ele precisa receber fluidos e eletrólitos para repor as perdas devido à desidratação. Em casos muito graves, utiliza-se expansores plasmáticos, para que o cão não tenha um choque hipovolêmico. Além disso, o cão começa a tomar antibióticos e remédios para evitar o vômito e não piorar a desidratação.
 
Durante o tratamento da parvovirose, o animal perde o apetite e não se alimenta. Por isso o retorno à alimentação precisa ser feito de forma muito gradativa e preferencialmente com rações medicamentosas e especiais, pois elas possuem uma absorção mais eficaz, ideal para cães enfermos.
 
Quando o cão está 100% bom e com imunidade mais alta, ele volta a se desenvolver, mas pode ter um atraso em seu crescimento e algumas sequelas. Ele vai precisar de uma ração super premium bem nutritiva para se recuperar. A parvovirose não se cura sozinha e é muito importante o auxílio do veterinário para que o cão se salve.
 
Parvovirose mata? Mata. Por isso é preciso estar atento aos menores sinais do seu cachorro e conhecê-lo muito bem para notar mudanças em sua rotina habitual. O resultado do tratamento vai depender da imunidade do cachorro, o estágio atual da doença (se ficou muito tempo com o vírus sem ter tratamento) e se o veterinário conhece a doença e sabe como tratá-la. Assim como a maioria das doenças, quanto antes for diagnosticada, mais chances de sucesso no tratamento.
 

Parvovirose canina tem cura

 
Tem. Porém, como já falamos anteriormente, a cura depende do quão cedo foi feito o diagnóstico, se o veterinário está bem preparado em relação à doença pra tratá-la corretamente e da resposta imunológica do cão.
 
 

Imunidade e vacinação

 
Se um cachorro se recupera de infecção por parvo vírus, ele é imune a reinfecção para, provavelmente, pelo menos, 20 meses e, possivelmente, para a vida. Além disso, após a recuperação, o vírus não é eliminado nas fezes.A vacina contra a parvovirose está presente na v8 e na v10. As vacinas são seguras e não causam a doença.
 
A principal causa do fracasso de vacinas é um nível de interferência de anticorpos maternos contra a parvovirose canina. Os anticorpos maternos são os anticorpos presentes no leite da mãe durante as primeiras 24 horas após o nascimento do filhote. A idade em que os cachorros podem efetivamente ser imunizados é proporcional à titulação da mãe e da eficácia de transferência de anticorpo materno dentro daquelas primeiras 24 horas. Os níveis elevados de anticorpos maternos presentes na corrente sanguínea dos filhotes vai bloquear a eficácia de uma vacina. Quando os anticorpos maternos caem para um nível suficientemente baixo no cachorro, a imunização por uma vacina comercial vai funciona. O fator que complica é que existe um período de tempo de vários dias a várias semanas para que os anticorpos maternos fiquem suficientemente altos para proporcionar uma proteção contra a doença, mas baixos o suficiente para a vacina ter sucesso. Este período é chamada de janela de suscetibilidade. Este é o momento em que apesar de serem vacinadas, um filhote de cachorro ainda pode contrair parvovirose. A duração e horário da janela de suscetibilidade é diferente em cada filhote de cachorro em cada ninhada.
 
Um estudo de uma seção transversal de diferentes filhotes mostrou a idade em que eles foram capazes de responder a uma vacina e desenvolver a proteção completa por um vasto período de tempo. Às 9 semanas de idade, 40% dos filhotes foram capazes de responder à vacina. O número aumentado para 60% em 16 semanas e com 18 semanas de idade, 95% dos filhotes poderiam ser imunizados.
 
 

Como prevenir a parvovirose canina

 
Existem duas formas de prevenir a parvovirose: vacina e higiene.
 
- Vacinação preventiva
A vacinação é a mais eficaz das medidas de prevenção, mas não elimina os riscos por completo. Cães vacinados também podem contrair parvovirose. A vacina contra parvovirose está incluída na v8 e na v10. Portanto, vacinando seu filhote com v8 ou v10 até os 4 meses, ele estará também tomando a vacina de parvovirose. Veja aqui as vacinas e o calendário e vacinação. A v8 e a v10 tem reforço anual por toda a vida do cão, junto com a vacina da raiva.
 
- Limpeza do ambiente
Se você teve algum cão com parvovirose, limpe o local frequentado pelo cão infectado com água sanitária, para evitar que outros cães contraiam a doença.
 
Se seu cachorro faleceu por conta da parvovirose ou se ele ficou curado, não importa, limpe o local imediatamente. Se você vier a ter outro cachorro ou se alguma visita levar o cão pra sua casa, ele pode contrair a doença, mesmo que tenham se passado meses.
 
Desinfetantes comuns podem não acabar com o parvovírus, pois eles são muito resistentes. Dilua 4 colheres de sopa de água sanitária em 2 litros de água (use uma garrafa pet de 2L). Deixe a solução no local infectado por 20 minutos no mínimo antes de ser enxaguado.
 
 

A parvovirose pode ser transmitida para seres humanos ou para gatos?

 
Até hoje, não foram encontrados casos de contaminação da doença em humanos ou outros animais, como gatos, passarinhos, cavalos, etc.
 
 

Tratamento caseiro para parvovirose

 
Alguns sites dão receitas milagrosas de tratamento caseiro para parvovirose. NÃO CAIA NESSA. A parvovirose pode matar o seu cachorro, não arrisque a vida dele fazendo tratamento caseiro. Ele precisa ser diagnosticado corretamente por um veterinário e receber os medicamentos necessários para conseguir se salvar.
 
 

Conclusão

 
Em resumo, a parvovirose é um problema muito comum, além de ser uma grande causa de morte de filhotes. Devido à sua capacidade de ser transmitida através das mãos, na roupa e mais prováveis: roedores e insetos, é virtualmente impossível ter um canil que não esteja exposto à doença. Vacinas com o vírus modificado são seguras e eficazes, mas, apesar do melhor protocolo de vacinação, todos os filhotes terão uma janela de suscetibilidade de pelo menos vários dias na qual estarão em risco. O tratamento imediato por um veterinário irá aumentar a capacidade de sobrevivência em filhotes infectados e trabalhar com o seu veterinário sobre um programa de vacinação que é melhor para o seu cachorro é importante.
 

A partir de agora, pets shops só podem vender produtos para os animais.

Já estão em vigor as novas regras para o setor de pet shop. Agora as mais de 33 mil lojas do país só vão poder vender produtos para os animais de estimação. A aplicação de vacinas, as cirurgias e os exames nos bichinhos devem ser feitos em consultórios ou clínicas especializadas, onde tenha um médico veterinário.
Nem todos os lugares são ideias pra levar o bichinho. O petshop, por exemplo, não é lugar pra fazer exames, consultas, nem para cirurgias e mesmo assim tem comerciante oferecendo estes serviços. É para evitar isso que o Conselho de Medicina Veterinária está fazendo uma fiscalização em todo Brasil.
Petshop é para vender acessórios, ração, shampoo. Já no consultório são feitos exames, aplicação de vacinas; clínica é onde os animais são submetidos a cirurgia.
A partir de agora também é obrigatória a presença de um veterinário para acompanhar os procedimentos. A resolução exige ainda que o petshop ofereça boas condições de higiene, luminosidade e pouco barulho, para que o bicho não fique estressado.
“A situação mais frequente é esta do espaço inadequado. Num ambiente onde cabe dois, três ter quatro, cinco ou mais animais”, fala o presidente do Conselho Regional de Medicina Veterinária, Benedito Dias de Oliveira Filho.
Tantas exigências não são por acaso. O setor movimentou ano passado mais de R$14 bilhões. O mercado de pet no Brasil só fica atrás dos Estados Unidos.